Durante o Sínodo da Amazônia, um ponto de discussão chave será a ordenação de homens casados locais para servirem como padres em áreas remotas onde os católicos têm pouco acesso aos sacramentos.
Nesta entrevista, Pe. Francis G. Morrisey, OMI, discute sobre como tais mudanças se encaixariam de acordo com o Direito da Igreja. Pe. Morrisey, um dos especialistas em direito canônico mais renomados no mundo, é professor emérito de Direito Canônico na Universidade de Saint Paul, em Ottawa, Canadá. Já no norte do Canadá, ele diz que várias comunidades nativas lidam com uma carência de padres marcante, parecida com a situação na Amazônia. Alguns clérigos agora cuidam de 15-18 parórquias – e viajam 500 km para celebrar a missa em um fim de semana.
“A questão é muito mais profunda do que homens casados ordenados. É uma questão de qual tipo de cuidado pastoral você quer oferecer para as pessoas,” diz Pe. Morrisey. “Não importa o que você faça, o direito fundamental aos sacramentos é um princípio prioritário… e as últimas palavras do Código Canônico afirmam que a lei suprema é a salvação das almas.”